segunda-feira, setembro 15, 2008

Ondas

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Uma gota de tristeza
Cai no mar do marasmo,
Gera uma brisa de angústia
Que voa nas pedras do tédio,
Evapora-se em forma de álcool
Condensa-se ....
Vira gota.
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Cai no mar do marasmo,
Gera uma brisa de angústia
Que voa nas pedras do tédio,
Evapora-se em forma de álcool
Condensa-se ....
Flutua.
Vira gota...
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Cai no mar da esperança,
O prelúdio antecede a dança,
Se dança ou se dança,
doce e eterna duvidança.
Mas faz-se luz ao empoeirado
enegrecido, abandonado
sem motivos, sem cuidado,
cuidado esquecido,
cuidado indecente
risco incalculado
pedra que vira relvado
e, como diria o crente,
"- Meu jeusuis cruicificado!"
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segunda-feira, julho 28, 2008

Cada uma

Sê um apaixonado
por todas elas, aquelas
que
cada uma da sua maneira
cada uma na sua maneira
cada uma por sua maneira
cada uma na intensidade que merece
TODAS
ame até aquela(s) que te esquece(m)
queres saber?
esquece.

quinta-feira, maio 29, 2008

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Maior que a dor de amor
É a dor física, tortura
Por isso,
enfrenta-se o suplício
Aplica-se o silício
Para falta de ternura.
E assim,
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Carne perfurada,
dor dilacerante,
cor-de-morte-podre-amarelada
bela. profunda. cortante.
Fasciite Necrosante
Dor de amor vai embora e diz: 'obrigada'.

sexta-feira, abril 18, 2008

Eutanásia Divina

Dia triste
Do homem triste
Que finge não ser
Escroto, Estrume, Estranho
Acordado ao alvorecer
Pensou um dia
Que em breve fosse morrer
E que a agonia
De fazer pobres rimas com "ER"
fosse logo terminada por força divina
Que o cavalo da morte erguesse sua crina
Para descanso e fim desta sina
Pesar de nascimento
Onde o pior já sublima
Onde o dia é tormento
Onde alegre culmina
o gracioso sofrimento
Ó Senhor, seja homem!
Alivie este tormento
Leve daqui este herói da rima pobre
Este nobre excremento!

quinta-feira, março 06, 2008

Pensamento #000001

"Vontade incontrolável de consumir álcool pode ser apenas sede." (R.Oliveira)N

sábado, fevereiro 02, 2008

Safa

N'alcova floral dos invisíveis lençóis
Deito sua'lma de tez celestial
Sob o gorgear sereno dos rouxinóis
Dispo-te, veste a veste, em sublime ritual

A cada segundo que passe
Beijo-te mil.
E na brisa macia do vento
Beijo-te em cada e toda a parte,
Molhado, tenro, lento,
Com a voracidade de Marte.

E Entre pernas
E Entre coxas
Minha língua tenra a invade
Com o despudor do sem-vergonha
Pudor, de um marquês de Sade

No ventre desguarnecido
Em extremo amor profano
Beijo puro, umedecido,
Ao monte venusiano,
Q'Em lábios desguarnecidos
Sente segundo ser ano
Coração bater, aos gritos,
Animal fazer-se humano

Entre as carnes em atrito
Em calor, brasa, gemido
Êxtase, luxúria, prurido

Longe da fábula
Da mais impura índole
de pernas abertas você chama:
Calígula