sábado, fevereiro 02, 2008

Safa

N'alcova floral dos invisíveis lençóis
Deito sua'lma de tez celestial
Sob o gorgear sereno dos rouxinóis
Dispo-te, veste a veste, em sublime ritual

A cada segundo que passe
Beijo-te mil.
E na brisa macia do vento
Beijo-te em cada e toda a parte,
Molhado, tenro, lento,
Com a voracidade de Marte.

E Entre pernas
E Entre coxas
Minha língua tenra a invade
Com o despudor do sem-vergonha
Pudor, de um marquês de Sade

No ventre desguarnecido
Em extremo amor profano
Beijo puro, umedecido,
Ao monte venusiano,
Q'Em lábios desguarnecidos
Sente segundo ser ano
Coração bater, aos gritos,
Animal fazer-se humano

Entre as carnes em atrito
Em calor, brasa, gemido
Êxtase, luxúria, prurido

Longe da fábula
Da mais impura índole
de pernas abertas você chama:
Calígula